ORCHIDACEAE

Cattleya walkeriana Gardner

Como citar:

Maria Rosa Vargas Zanata; Tainan Messina. 2012. Cattleya walkeriana (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

640.392,999 Km2

AOO:

72,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil, encontrada nas regiões Norte (Tocantins), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal) e Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) (Barros et al., 2012). Ocorre também em Mato Grosso do Sul (CNCFlora, 2012) e em diversos municípios no interior do estado de São Paulo (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Maria Rosa Vargas Zanata
Revisor: Tainan Messina
Critério: A2cd
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Cattleya walkeriana</i> é uma orquídea epífita ou rupícola, que ocorre em diferentes tipos de ambientes(Floresta Ripícola, Estacional Semidecidual e Cerradão). Por ser uma planta bastante ornamental, tem elevado valor econômico. Por esse motivo sofre muita exploração e foi documentado que muitas subpopulações já foram praticamente dizimadas em seu ambiente natural. Além disso, muitas de suas áreas de ocorrência estão pressionadas pelo crescimento urbano. Suspeita-se que sua população tenha sofrido uma redução de cerca de 30% nos últimos 10 anos. Portanto, a espécie é considerada "Vulnerável" (VU).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Espécie descrita na obra London J. Bot. 2: 662. 1843.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Espécie bastante utilizada ornamentalmente, cujos híbridos podem ser comercializados por entre R$ 25,00 a R$ 1000,00 (http://www.walkeriana.net/#twi=24;ct=7).

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta Ripícola, Estacional Semidecídua e Cerradão (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010).
Habitats: 1 Forest
Detalhes: Orquídea epífita ou rupícola (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010) encontrada na Amazônia, Cerrado (Barros et al., 2012) e Mata Atlântica (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010). Ocorre em Floresta Ripícola, Estacional Semidecídua e Cerradão (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010). Floresce de março a maio (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
3 Harvesting (hunting/gathering) national
Muitas subpopulações foram praticamente dizimadas por coletores de orquídeas (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010), apesar de muitos estudos sobre a propagação in vitro da espécie.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) national
São Paulo perdeu cerca de 85% de vegetação nativa até 2011 (SOS Mata Atlântica; INPE, 2012). Até 2008, o bioma Cerrado perdeu cerca de 50% de vegetação nativa. O Estado de Minas Gerais teve uma taxa de desmatamento de 0,16%, São Paulo, de 0,01%, Goiás, de 0,20%, Mato Grosso, de 0,23% e Mato Grosso do Sul, de 0,11% entre 2008 e 2009 (MMA; IBAMA, 2011).

Ações de conservação (4):

Ação Situação
1.2.1.1 International level on going
A espécie está contida no apêndice II da CITES: http://www.cites.org/eng/app/appendices.php; acesso em 18/05/2012
Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
A espécie é categorizada como "Deficiente de dados" (DD) na Lista Vermelha da Flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Encontrada nas seguintes unidades de conservação: Parque Estadual do Rio Preto (MG) e Reserva Ecológica do Guará (DF) (CNCFlora, 2012).
Ação Situação
5.7.1 Captive breeding/Artificial propagation on going
Há diversos estudos sobre a propagação in vitro da espécie, como o trabalho de Faria et al. (2002), em que os autores indicam o uso do carvão para o cultivo da espécie.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​Espécie bastante ornamental ( http://www.walkeriana.net/#twi=24;ct=7; acesso em 14/6/2012).